sexta-feira, 30 de abril de 2010



Deserto

Todos nós passamos por ele um dia
Parecemos estar perdidos,de tão sós que nos sentimos
A dor e o silêncio se tornam companheiros de caminhada
E quase perecemos...
O sol tão intenso
Nada emite som,exceto o vento que açoita
A música se reserva aos instrumentos
As cores empalidecem
As palavras saem em busca de resposta
Mas voltam em forma de vazios ecos
A noite vem e se torna ainda mais fria
É momento de espera...

De repente percebemos algo sobre nós
Uma nuvem de paz trazendo frescor
Uma coluna de fogo
Aquecendo a alma
Enfim...O refrigério


30/04/10
Marisa Costa

quinta-feira, 22 de abril de 2010






Refletindo sobre uma postagem da Márcia em seu Blog.

"Seria o momento ideal para deixar nascer a poesia.Mas, não. Aquele cenário tão lindo, que nem parecia de verdade, não me inspirou coisa alguma." (Márcia carvalho)

Poesia

Há momentos que a poesia se furta de nós 
Não se permite escrevê-la
Se quer esboça-la...
Ela vai pro céu, pra lua, pro mar
De lá ela sorri pra nós
É como se, se transportasse para um quadro vivo
Pintado por Deus...
Neste momento a percebemos com os olhos
Vemos O poeta maior versando
Num cenário natural...
E como meros seres vazios, sem beleza
Espectadores do Divino em ação
Entendemos que tudo provém Dele
Então, ela volta pra nós como um presente
E nos revelamos, nos declaramos, nos despimos
Através de versos, assim como Ele
E nessa interação entre o Divino e nós
Os céus se rasgam
Nasce, singularmente, a poesia escrita
E o que era bonito fica mais...



Marisa Costa 22/04/10