sábado, 16 de janeiro de 2010



Descortinando

Do meu quarto através da cortina vi uma árvore
Chovia e fazia frio
A cama me convidava a leitura
Com o calor das cobertas a leitura perdeu o sentido
Adormeci...
De mansinho a manhã foi chegando e assim fui despertando
Então à janela voltei e através da cortina olhei...
A chuva havia cessado
A cortina distorcia minha visão
Então num ímpeto a puxei
Abri a janela!
Descortinei os meus olhos!
Abri as janelas da alma
Permiti a entrada do Sol
A Estrela da Manhã
Seus raios,o calor e o vento
Todo meu quarto banhou
Com meus olhos desnudos
Aquela árvore vislumbrei
Não poupei meus pés descalços
Correndo fui ao seu encontro!
Ao me aproximar
Parecia estar entrando em uma casa verde
Um mundo verde...
Perplexa por alguns instantes fiquei
Seus galhos dançavam ao vento
Ao som do canto dos pássaros
Até o vagabundo pardal fazia parte do coral
Não vi duendes
Vi belas flores e doces frutos
Suas raízes eram tão grandes
Entrelaçadas e expostas
Serviam de assento
Eu estava diante da vida!
O sol nada me negou conhecer!
Então cantei ao Criador
Reconheci sua beleza
Expressa na natureza!
Tanto tempo fiquei fechada
Vendo tudo por tráz de cortinas...


Marisa 2004

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