sábado, 16 de janeiro de 2010



Na calada da noite


Fim de noite,pés cansados
De tanto correr,tanto andar
Olhos refletindo o espanto
Do dia que vai findando
Nos ouvidos vozes ecoam
Gritos ,sussurros
Frases feitas mal ditas
Ditando as regras
Turbulência pra alma
A boca sêca
Com fome e sede
Da verdade e justiça
Vai se calando
Na calada da noite...

Esperando em Deus
Abrindo mão de vantagens
Andando na contra mão
No coração surge uma oração
Joelhos se dobram
Mãos calejadas se levantam
Quebrantamento e confissão
fazem parte desse instante
Mais um dia que se vai...
Assim na calada da noite
A boca se cala em amém
Recebendo o maná diário
dando graças Àquele
Que tudo renova...

Búzios-2005/2006
Marisa Costa

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